Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda tratamento precoce contra Covid-19
Contraindicação em relação ao uso de qualquer substância em tratamento precoce. Esse foi o recado dado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) por meio do seu perfil no Twitter na última quinta-feira (14).
“A SBI não recomenda tratamento precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVID-19”, começa o comunicado.
“Essa orientação da SBI está alinhada com as recomendações das seguintes sociedades médicas científicas e outros organismos sanitários nacionais e internacionais, como: Sociedade de Infectologia dos EUA (IDSA) e da Europa (ESCMID), Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), Centos Norte-Americanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde do Brasil (ANVISA)”, completa.
A SBI se pronunciou após a possibilidade do tratamento precoce ser utilizada para combater o aumento de casos da Covid-19 no estado do Amazonas, no qual a quantidade de infectados gerou uma grave crise no sistema de saúde estadual, com falta de leitos e até cilindros de oxigênio.