Brasileiros estreiam nesta quinta-feira nos Jogos Paralimpícos de Paris
A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos será realizada nesta quarta-feira (28), a partir das 15h. O Brasil será representado no megaevento esportivo por 280 atletas, sendo 255 com deficiência, de 20 modalidades. As competições começam no dia 29 e seguem até o dia 8 de setembro, quando também será realizada a cerimônia de encerramento.
O Brasil chega para disputar 20 das 22 modalidades dos Jogos, ficando de fora apenas do basquete e do rúgbi, ambos em cadeira de rodas. A seleção estreará na quinta-feira (29), dia seguinte à cerimônia de abertura, na categoria de natação. Os atletas brasileiros participaram dos primeiros treinos na Paris La Defense Arena. A modalidade é a segunda que mais conquistou medalhas para país: foram ao todo 125 (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes). O atletismo fica em primeiro lugar, com 170 pódios.
Dos 280 atletas brasileiros que estão em Paris, 37 deles são nadadores: são 21 homens e 16 mulheres. Atual campeão paralímpico nos 200 metros livre e nos 50m costas, o mineiro Gabriel Araújo, de 22 anos, ficou entusiasmado com o teste na piscina oficial da competição.
“Gostei muito. Cheguei cedo para ver a pisicina da competição. É sensacional. É uma arena muito grande. Já deu para ficar imaginando em como vai ser o clima nos dias da competição, com torcida. Com certeza, vai ser uma sensação diferente. Mas estou mais tranquilo e mais focado desta vez. Tentando fazer o possível para nada me desconcentrar até a nossa estreia”, disse Gabrielzinho, que competirá nas provas 50m e 100m costas, 150m medley, 50m e 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras).
Quem também treinou na La Defense Arena foi a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65), a pernambucana Carol Santiago, de 39 anos. Maior medalhista brasileira na edição de Tóquio – faturou três ouros (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12) e um bronze (100m costas S12), Carol tem tudo para emplacar novos pódios em Paris. Nascida em Recife, Carol chega a Paris após um exitoso ciclo preparatório, em que amealhou 10 medalhas nos mundiais da Ilha da Madeira, em 2022, e em Manchester (Inglaterra) no ano passado. As classes que vão da S11 à S13 são disputadas por atletas com deficiência visual. Carol nasceu com síndrome de Morning Glory (alteração congênita na retina), que reduz seu campo de visão.
O Brasil busca superar a performance histórica obtida na edição de Tóquio, quando a natação faturou 23 medalhas (oito ouros, cinco pratas e 10 bronzes). O recorde no número de ouros (nove) foi obtido na Paralímpíada de Londres (2012).
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Por Agência Brasil