Vereador Sandro Bussola ficará como presidente da Câmara
O vereador Sandro Bussola (PSD) foi eleito, na manhã desta terça-feira (15/12), como novo presidente da Câmara Municipal de Bauru, para um mandato até o final deste mês. A escolha ocorreu após a renúncia da Mesa Diretora, na segunda-feira.
Bussola já foi presidente em 2013/2014 e em 2017/2018. Ele recebeu 13 votos favoráveis e um contrário. Votaram a favor, além dele próprio, os vereadores Ricardo Cabelo (Republicanos), Telma Gobbi (PP), Chiara Ranieri (DEM), Pastor Luiz Barbosa (Republicanos), Fábio Manfrinato (PP), Natalino da Silva (PV), Serginho Brum (PDT), Carlão do Gás (DEM), Manoel Losila (MDB), Edvaldo Minhano (Cidadania), Carlinhos do PS (PTB) e Miltinho Sardin (PTB). O voto contrário foi de Coronel Meira (PSL). Os vereadores José Roberto Segalla (DEM), Yasmim Nascimento (PSDB) e Markinho Souza (PSDB) não estiveram na votação.
Em seguida, Ricardo Cabelo foi eleito vice-presidente. O primeiro secretário é Fábio Manfrinato e o segundo secretário, Pastor Luiz Barbosa. A eleição foi necessária porque então presidente da Casa, José Roberto Segalla (DEM), o vice Coronel Meira (PSL), o primeiro secretário Miltinho Sardin (PTB) e a segunda secretária Yasmim Nascimento (PSDB) renunciaram a seus cargos, durante as discussões da sessão de ontem.
A partir de 1 de janeiro, quando tomam posse os vereadores eleitos, uma outra Mesa será formada para um período de dois anos. Mas como foi necessário realizar uma nova eleição para definir o comando da Casa a 15 dias do término desta legislatura,o parlamentar Carlinhos do PS (PTB), por ser o mais velho, ontem foi chamado para ocupar interinamente a função de presidente.
Ele, então, suspendeu a sessão, que foi retomada hoje, para a escolha da nova Mesa Diretora. Agora, com uma nova Mesa, os processos que não foram votados ontem serão colocados em discussão.
BATE-BOCA
A renúncia da Mesa começou na votação de um projeto de lei que alterava dois setores da Câmara. Este é o primeiro de uma série de cinco processos que estão na pauta, elaborados pela Mesa Diretora, para adequar a Casa de Leis a determinações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como o fim de gratificação de 15% a servidores da TV Câmara, a obrigatoriedade de curso superior a ocupantes de cargos comissionados da Câmara e o fim de incorporações de gratificações. Um outro projeto acaba com a função de repórter fotográfico.
O vereador Ricardo Cabelo (Republicanos) pediu prazo no primeiro projeto que entrou em votação e alteraria a denominação e composição de dois setores específicos da Câmara – o de compras e o de almoxarifado. Cabelo e outros parlamentares, mais alinhados aos servidores, não concordam com a aprovação desses projetos. O presidente José Roberto Segalla indeferiu a solicitação de Cabelo e começou um ‘bate-boca’ em plenário.
Cabelo alegou que o Regimento lhe daria direito ao pedido de prazo. Já Segalla discordou e afirmou que precisaria colocar todos os processos em votação, pois se não atender as determinações do TCE poderá ter as contas rejeitadas, na condição de presidente da Câmara.
O vereador Cabelo insistiu que teria o direito ao prazo e teve a solicitação novamente recusada, abrindo um impasse na sessão.
Durante as discussões, Cabelo perguntou a Segalla o motivo de um projeto obrigando a abertura de concurso para as Consultorias Jurídica e Financeira não ter sido apresentado. Segalla disse que a situação ainda está em recurso na Justiça e, portanto, deve aguardar a decisão final do Poder Judiciário, e que estava colocando em votação apenas as determinações já realizadas pelo TCE, com apontamentos sucessivos e rejeição de duas contas anuais de presidentes anteriores.
COLETIVA
Vice da Mesa Diretora, o vereador Coronel Meira apresentou pedido de renúncia do cargo após a indefinição sobre a votação dos pedidos do TCE, pois pode responder em uma eventual rejeição de contas – Meira foi o presidente por duas semanas, no ano passado. Em seguida, Segalla e os dois secretários também anunciaram suas renúncias. Os quatro membros da Mesa protocolaram as renúncias, e reabriram a sessão apenas para fazer o comunicado formal. Segalla e Cabelo discutiram publicamente de novo.
Por JCNet