Foto: Reprodução/Cáritas

Em 3 meses, Cáritas Bauru atendeu 68 pessoas entre povos originários e ciganos

A Cáritas Bauru, em parceria com a Secretaria do Bem-Estar Social (Sebes), por meio do Programa de Orientação e Acesso à Documentação Civil e Atendimento ao Imigrante (Proadi), atendeu no município 68 pessoas entre povos originários e ciganos, desde dezembro de 2023. A iniciativa, que trabalha com a Política de Assistência Social, realiza busca ativa a fim de localizar pessoas e grupos populacionais que estejam com seus direitos sociais fragilizados, informa a assessoria de imprensa.

“A Cáritas faz uma análise qualitativa das condições sociais destas populações na cidade com o objetivo de compreender os desafios enfrentados por eles, bem como soluções que visam assegurar seus direitos, promover a justiça social e garantir sua segurança. Buscamos, também, preservar e respeitar a sua cultura, seus costumes e tradições”, detalha Ariane Moraes, assistente social da entidade.

O programa recebe recursos pela Sebes e a Cáritas Bauru é responsável por executá-lo, por meio de ações planejadas em conjunto com a pasta municipal. A atuação inclui, ainda, o cadastro familiar no sistema de controle de atendimento da instituição, com dados relacionados sobre qual assistência foi fornecida.

“Os povos originários vivem em extrema vulnerabilidade social onde vivem e vêm para Bauru e outras cidades em busca de arrecadações, roupas, alimentos, dinheiro e afins. Os ciganos não possuem residência fixa e se deslocam pelas cidades para a venda de panos de prato e arrecadações”, explica Ariane.

É importante ressaltar que, além da busca ativa diária com atendimentos sociais, também são realizamos encontros com essa população na sede da Cáritas Bauru. “O programa oferece a estes indivíduos, na sede da entidade, espaço para banho e refeições, além de ações específicas orientativas voltadas à proteção das crianças’, descreve a assistente social.

Conforme moradores atentos já puderam observar, em Bauru, os povos originários costumam se instalar embaixo dos viadutos. Um ponto conhecido está localizado no cruzamento das avenidas Nações Unidas e Duque de Caxias. “Já os ciganos se instalam em terrenos vazios em diferentes locais da cidade”, conta a assistente social.

ORIGEM

Os povos originários que passaram por atendimento pela Cáritas até o momento são da região de Londrina (Paraná). “Eles costumam vir para Bauru e permanecem por cerca de 15 dias. Depois, voltam. Os relatos são de que há serviços de saúde e educação disponíveis, mas não há renda suficiente, o que os coloca em situação de vulnerabilidade social, com restrição de recursos econômicos”, desta Ariane. De acordo com ela, a maioria das famílias é beneficiária do Programa de Transferência de Renda o Governo Federal, o Bolsa Família.

Já a população cigana não possui uma residência fixa para retornar. Geralmente mudam de cidade a cada semana. “Eles até possuem o direito de utilizar o serviço de saúde e educação dos municípios. Mas, não faz parte da cultura deles as crianças frequentarem as escolas, justamente porque eles ficam um período curto por onde passam”, explica.

RESPEITO

Os povos originários e ciganos trazem consigo riquezas culturais que contribuem para a diversificação da sociedade. Suas tradições, línguas e rituais são patrimônios valiosos que merecem reconhecimento e respeito, ressalta a Cáritas, via assessoria de imprensa.

“Buscamos promover espaços de diálogo aberto com a sociedade, onde as experiências e perspectivas de todos sejam ouvidas e valorizadas, bem como trabalhamos para garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua origem étnica, tenham acesso igual a oportunidades educacionais, econômicas e sociais”, afirma Ariane. 

AJUDA

A Busca Ativa é realizada três vezes na semana ou conforme denúncias recebidas. A Cáritas também possui o seu próprio disque denúncia, caso alguém encontre essas famílias em situação de vulnerabilidade e risco nos territórios da cidade: Telefone: (14) 99871-1830 E-mail: [email protected]

Por Jornal da Cidade

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