Sesc Bauru promove Encontro ‘O Fazer Têxtil na região de Bauru’

Final de semana com programação para quem faz e/ou aprecia artesanatos, no Sesc Bauru. No sábado, dia 11, das 10h30 às 18h30, o Encontro: O fazer têxtil na região de Bauru reúne artesãs e representantes de inciativas de dez municípios do estado de São Paulo em mesas temáticas que buscam estimular a troca de saberes entre pessoas que atuam na área do fazer artesanal têxtil.

Da tradição à inovação, o evento que tem curadoria de Adélia Borges, jornalista, pesquisadora, historiadora e crítica de design, investe no compartilhar de conhecimentos e de experiências de quem trabalha com as mais diversas técnicas artesanais, tais como bordado, macramê, renda, tapeçaria, crochê, estamparia, entre outras.

Contando com quatro mesas de debates com os temas O bordado como autoexpressão, Tu me ensina a fazer renda, Identidades negras importam e Tradição e inovação, o Encontro é gratuito e os ingressos podem ser retirados a partir das 10h, de sábado, no hall do Auditório do Sesc Bauru.

Já no domingo, dia 12, das 10h30 às 15h, é dia de Feira Entremeadas que além da comercialização dos artesanatos, abre espaço para o compartilhamento de técnicas e conhecimento.

O encontro e a feira integram a programação paralela da Exposição EntreMeadas, que apresenta trabalhos de artesãs paulistas que usam linhas, fios e fibras como meios de autoexpressão, e está no Sesc Bauru até 26 de março. As visitas à exposição podem ser realizadas de terça a sexta, das 13h às 21h30 e aos finais de semana e feriados, das 10h às 18h30, gratuitamente.

Confira a programação do Encontro – O fazer têxtil na região de Bauru:

Auditório. Retirada de ingressos a partir das 10h. Vagas Limitadas. Grátis. Livre.  

Mesa 1: O bordado como autoexpressão 
Com participantes do Bordado e Prosa (Ourinhos), Julia Estronioli (Ibitinga), Patricia Mello (Bauru), Projeto Bordar São Paulo: Joana Salles (São Paulo) e Beth Ziani (Indaiatuba) e Um passo, um ponto (Agudos). Mediação de Adélia Borges, jornalista, historiadora, pesquisadora e crítica de design. 

Associado historicamente ao espaço doméstico e aos estereótipos de uma feminilidade reclusa, o bordado, assim como os chamados “trabalhos manuais”, tem tomado novos rumos na contemporaneidade. Por meio dessa técnica, as pessoas se apropriam de suas próprias identidades e as traduzem criativamente, contando suas próprias histórias. Para muitos praticantes, ele se tornou também uma forma de expressão de cidadania.
Dia 11, sábado, 10h30 às 11h50 
  

Mesa 2: Tu me ensinas a fazer renda 
Com as artesãs Eliana Bojikian Polito (Bauru), Francisca Maria de Jesus (Bauru) e Thaís de Avellar Guerra (Botucatu). Mediação de Adélia Borges, jornalista, historiadora, pesquisadora e crítica de design.

Fazer renda exige muita habilidade e tempo. A técnica chegou ao Brasil trazida por colonizadores europeus, e sua difusão ocorreu sobretudo em colégios internos e conventos. Hoje esse ofício é praticado em vários municípios paulistas, em diferentes tipos e feições. A observação atenta das rendas revela sua delicadeza estética e complexidade construtiva, desmentindo o senso comum de que artesanato é algo rústico e malfeito.
Dia 11, sábado, 12h às 13h 

Mesa 3: Identidades negras importam  

Com representantes da Botuáfrica (Botucatu), Maísa Crespa (Bauru) e Tábata Santos (Bauru). Mediação do professor-doutor Juarez Xavier, vice-diretor da FAAC/ Unesp

Quando falamos de artesanato, estamos falando necessariamente também de singularidade e identidade. Nos últimos anos, têm surgido várias iniciativas no Brasil que conectam criação artística às questões da construção e reconstrução das memórias e autoestima das populações negras. Essas ações reforçam os sentimentos de pertencimento das largas camadas da população da diáspora africana e mostram como a cultura pode ser uma ferramenta no combate ao racismo e à discriminação.
Dia 11, sábado, 14h30 às 16h20 

Mesa 4: Tradição e inovação 
Com Arte em Amarrio (Bariri), Crisálida (Bauru), Helena Trabuco (Ibitinga), Nós Entrelaçadas (Tupã), e Paula Dib (Botucatu). Mediação da professora-doutora Mônica Moura, da FAAC/ Unesp. 

A exposição EntreMeadas apresenta tanto práticas calcadas na tradição, quanto aquelas que se caracterizam pela inovação e experimentação. Como exemplo temos, respectivamente, o Arte em Amarrio, técnica histórica do município de Bariri, e o Crisálida, de Bauru, que responde em sua ação a um dos grandes problemas atuais, que é o enorme descarte de resíduos em nossas cidades. Entre essas duas vertentes, há muitas iniciativas intermediárias, evidenciando que a dinâmica da cultura é marcada pela constante transformação.
Dia 11, sábado, 16h30 às 18h30 

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Feira EntreMeadas

Com artesãos, artesãs e iniciativas participantes da exposição Entremeadas. 
A feira celebra a diversidade da cultura e tradição do fazer de mulheres do estado de São Paulo. Além da comercialização dos artesanatos, a ação é um espaço de compartilhamento dos saberes e fazeres manuais, além de valorização das técnicas e conhecimentos tradicionais. 
Dia 12, domingo, 10h30 às 15h. 
Convivência. Grátis. Livre.  

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Sobre a Exposição EntreMeadas:

A mostra dá destaque ao artesanato brasileiro feito por mulheres, com o intuito de valorizar o patrimônio cultural e reunir o trabalho de artesãs e coletivos de diversas cidades paulistas, para as quais o artesanato é um meio de expressão, identidade e geração de renda.

Com riqueza de trançados, cores e formas, a exposição apresenta obras artesanais e suas raízes – desde o material escolhido, a comunidade de origem e a artesã criadora.

O trabalho de curadoria se destaca pelo recorte geográfico, pois durante o processo de pesquisa, Adélia Borges mapeou uma rica diversidade artesanal, que tem como resultado uma mostra com obras feitas por 25 grupos de 18 municípios diferentes: Américo Brasiliense, Atibaia, Bariri, Bauru, Bertioga, Botucatu, Cananeia, Carapicuíba, Eldorado, Guapiara, Guarulhos, Miracatu, Olímpia, Osasco, Ourinhos, São Bento do Sapucaí, São Paulo e Tremembé.

Até 26/3, terças a sextas, 13h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30 

Agendamento De Visitas Mediadas Para Grupos:

Os agendamentos são feitos pelo e-mail: [email protected] 

Terça a sexta, 8h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30

Horário de mediação com intérprete de libras: terças das 16h às 20h; quartas das 15h às 18h; sábados das 14h às 18h 

Agendamento prévio de grupos, com possibilidade de visita (individual ou coletiva) mediada por intérprete de libras, pelo e-mail [email protected]  

Sobre a curadora:

Adélia Borges tem uma relação estreita com o artesanato: aprendeu a bordar com o grupo mineiro Matizes Dumont e realizou exposições e palestras, no Brasil e mundo, sobre a linha tênue entre o design e o artesanato. Em seu currículo acumula 40 exposições e 16 livros, entre eles Design + Artesanato: O Caminho Brasileiro (2011), no qual traça um panorama da revitalização recente do objeto artesanal brasileiro. Por seu trabalho com a primeira montagem da mostra EntreMeadas no Sesc Vila Mariana, Adélia foi finalista no 11º Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes na categoria Patrimônio Cultural.

Acesso à unidade

É recomendado o uso de máscara em todos os espaços da Unidade.

Serviço

O Sesc fica na Av. Aureliano Cardia, 6-71. Mais informações pelo telefone (14) 3235-1750 de terça a sexta, das 13h às 22h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 19h; ou pelo Portal sescsp.org.br/bauru.

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