Descarte de lixo na rede de esgoto é principal causa de entupimentos
O funcionamento adequado da rede de esgoto está diretamente ligado à conscientização da população quanto ao seu uso. Estruturas com materiais modernos ou tubulações com diâmetros maiores não são a única solução quando o problema de entupimento e vazamento de esgoto persiste. Situações estas que se agravam e se tornam recorrentes devido ao lançamento de lixo e outros objetos na rede, causando prejuízos e incômodo à própria população.
Quantidades grandes de óleo e gordura, absorventes, papel higiênico, fraldas, cartelas de remédios, preservativos, panos, plásticos, pontas de cigarro e até brinquedos são encontrados pelas equipes de manutenção do DAE na maioria dos serviços de desentupimentos de esgotos pela cidade. Materiais que deveriam estar no lixo, para serem corretamente descartados, são lançados na rede de esgoto e provocam entupimentos, que geram vazamentos e logo mau cheiro.
Em 2020, o DAE atendeu 8.537 ocorrências para desobstrução da rede de esgoto. Destes, 4.558 eram entupimentos em caixas de inspeção, 2.547 em poços de visitas e 1.432 casos de retorno de esgoto para dentro do imóvel. Além de causar grande impacto ao meio ambiente, problemas para os próprios moradores e aumentar o custo das manutenções, o descarte irregular pode prejudicar o funcionamento das Estações de Tratamento de Esgoto (Candeia, Tibiriçá e a futura Vargem Limpa).
Para preservar o bom funcionamento do sistema de esgoto, outra prática que a autarquia busca combater é o lançamento de água de chuva junto a esta rede.
Um imóvel autuado pelo Departamento recebe uma multa de até R$ 1.000,00 pela irregularidade. No ano passado, 2.349 imóveis foram vistoriados pela Fiscalização da autarquia. Desse número, 118 estavam irregulares, foram notificados e multados, corrigindo o problema. A água da chuva deve ser coletada por uma rede independente, como calhas e ralos, para ser lançada na sarjeta, jamais na rede de esgoto.
Limpeza da caixa de gordura
A caixa de gordura é essencial para não permitir que gordura, graxas e óleos vão para a rede de esgoto, evitando entupimentos e retorno do mau cheiro. A caixa é destinada a coletar e reter os resíduos dos esgotos provenientes das pias, pisos de copas, cozinhas e das descargas de máquinas de lavar louça.
Sua limpeza é simples e deve ser feita com frequência. As camadas que se formam no interior da caixa devem ser removidas periodicamente e descartadas no lixo doméstico em sacos plásticos. Imóveis como restaurantes, lanchonetes, condomínios precisam de atenção ainda maior a esta limpeza, pois o volume de gordura produzido é grande.
É importante saber que a sujeira de dentro das caixas de gordura deve ser retirada pelo próprio morador. O período de manutenção da caixa deve ser estipulado de acordo com o volume de material a ela encaminhado, principalmente nos grandes estabelecimentos.
O DAE mantém uma campanha permanente para combater as ligações irregulares, orientando os moradores e recebendo denúncias pelo telefone 3235-6123 da Seção de Fiscalização.