Criança de 10 meses morre e creche tem aulas suspensas em Bauru
Um bebê de 10 meses matriculado na Escola Municipal de Ensino Integral (Emeii) Iara Conceição Vicente, situada no Jardim Chapadão, em Bauru, morreu nesta quarta-feira (25). Ele era gêmeo de outro que segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) e também frequenta o local, cujas aulas foram suspensas ontem por conta de um suposto surto de virose.
Sintomas como diarreia e dores abdominais acometem de forma mais agravada aproximadamente 15 crianças. A informação foi confirmada na unidade escolar, na manhã desta quinta-feira (26), pela equipe do programa Cidade 360º, parceria do JC/JCNET com a 96FM.
De acordo com a reportagem, por conta do problema de saúde envolvendo alunos da Emei, que tem cerca de 210 estudantes, a Vigilância Sanitária foi acionada pelo secretário municipal de Educação, Nilson Ghirardello, para avaliar uma possível relação entre o surto e a escola, uma vez que os casos podem ter começado dentro ou fora da instituição.
A creche, no entanto, passa por um processo de desinfecção na manhã de hoje. Os colchões onde as crianças fazem o ‘soninho’ receberam produtos químicos por profissionais munidos de luva e com máscaras. A reportagem do JC esteve no local e também constatou verificação na caixa d’água da unidade.
A reportagem constatou ainda que a Saúde municipal realiza nesta quinta-feira (26) uma testagem em crianças do Residencial Santana, onde moram vários dos alunos da Emeii.
PROTOCOLOS
Em coletiva ocorrida na Secretaria de Saúde nesta quinta-feira (26), a prefeitura falou sobre as medidas adotadas para garantir a segurança das crianças. De acordo com Natália Pavani, diretora da divisão de vigilância sanitária, os protocolos para impedir a proliferação dos casos envolvem, além da suspensão das aulas, a limpeza e desinfecção do ambiente e a orientação da equipe da creche quanto a boas práticas (higiene das mãos e dos fraldários, por exemplo).
Além disso, foram coletadas amostras dos alimentos e da água para testagem. A Secretaria de Saúde Giulia Puttomatti informou que esta avaliação está sendo realizada no Instituto Adolpho Lutz. Ela destaca, no entanto, que não é possível informar qual seria o vírus ou bactéria causadora do surto. “Tudo ainda está em investigação e não há nenhuma confirmação. A principal orientação é que a população procure a unidade de saúde mais próxima caso apresente alguns dos sintomas (diarreia, dores abdominais, febre)”, informa.
Ao JC, Ghirardello procurou tranquilizar os munícipes. “Não há motivo para alarme. Acreditamos e esperamos que não aconteçam novos surtos. É importante, também, que os pais informem a escola caso as crianças apresentem sintomas. Como esses alunos ficam muitos juntos, a proliferação de uma doença transmissível é facilitada”, finaliza.
Por JCNET