Caso Claudia: Roberto Franceschetti presta depoimento nesta tarde
Preso desde a última quinta-feira (15), Roberto Franceschetti, presidente afastado da Apae Bauru e o principal suspeito pelo sumiço da secretária-executiva da entidade, Claudia Regina Rocha Lobo, prestará depoimento, na tarde desta segunda-feira (19), ao delegado titular da 1.ª Delegacia de Investigações Gerais (1.ª DIG) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, Cledson Luiz do Nascimento.
Inicialmente, a oitiva seria pela manhã, mas foi transferida para depois do almoço. Roberto ainda não foi sido ouvido oficialmente, porque seus advogados aguardavam acesso ao inquérito, que foi liberado pelo Fórum nesta segunda pela manhã, uma vez que o pedido foi feito na última sexta-feira (16).
Ainda assim, de acordo com Cledson, a 3 Delegacia de Homicídios da Deic registrou, na manha desta segunda-feira, depoimentos importantes com o intuito de direcionar as buscas ao corpo de Claudia. A expectativa da Polícia Civil também é receber ainda hoje o resultado dos exames periciais, inclusive do confronto balístico.
O caso segue sob sigilo e muito mistério. Tanto que o final de semana na cidade e região foi marcado por muita apreensão e expectativa para um desfecho.
Nas redes sociais e aplicativos de mensagens, cidadãos a todo o momento comentavam o andamento das investigações, à espera da solução do caso, que gera comoção. O trabalho para encontrá-la foi retomado nesta segunda-feira (19). A Polícia Civil informou sobre buscas pelo corpo em uma área de eucaliptos situada na Bauru-Iacanga. Uma grande empresa que arrendou a fazenda auxilia na iniciativa.
Trata-se de uma região da cidade relativamente próxima de onde foram feitas diligências, entre quinta (15) e sexta (16), e que contempla o terreno de descarte de material inservível da entidade filantrópica.
Conforme o JCNET divulgou, o caso já é tratado como possível homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A área foi delimitada pelo rastreamento do celular de Roberto Franceschetti, cuja prisão foi mantida em audiência de custódia realizada na sexta (16).
Nas investigações, o delegado Cledson Luiz do Nascimento triangulou o sinal do celular do presidente afastado da entidade, por meio de uma torre de telefonia, no dia em que Claudia despareceu (6 de agosto).
Com base no trabalho da Deic, a Justiça também autorizou buscas em um sítio de Roberto localizado em Arealva, assim como na residência dele em Bauru e ainda nos gabinetes da própria Apae.
RELEMBRE O CASO
Claudia Lobo desapareceu na tarde do último dia 6, quando deixou a unidade da Apae onde trabalha, na rua Rodrigo Romeiro, no Centro, com uniforme, segurando um envelope na mão. Na ocasião, ela embarcou em uma Spin branca da entidade, sem levar bolsa e celular. Também não avisou ninguém para onde iria. A entrada da secretária-executiva no veículo foi flagrada por câmeras de segurança.
O desaparecimento foi registrado na Polícia Civil na noite do mesmo dia. Já a Spin foi localizada na manhã seguinte, destrancada, com a chave no quebra-sol, na Vila Dutra. O veículo passou por perícia e, durante os trabalhos, segundo a Deic, foram encontrados sangue e o estojo de uma arma, compatível com a pistola calibre 380 apreendida de Roberto.
A Deic chegou até ele também com base em câmeras de segurança e contradições no depoimento. Via sinal do celular, apurou ainda que o investigado estava nas proximidades do local onde o carro ocupado pela vítima foi deixado, no horário em que câmeras de segurança registraram o abandono da Spin. Portanto, para Justiça, há indícios de autoria de Roberto Franceschetti no desparecimento.
Na última sexta-feira (16), a reportagem entrou em contato com a defesa do presidente afastado da Apae, que deve manifestar-se nesta segunda-feira.
Por JCNET