Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Farmácias já fizeram mais de 2 milhões de testes rápidos para Covid-19 em 2021

Em menos de três meses de 2021, o número de resultados positivos para Covid-19 em testes feitos em farmácia já é maior que o registrado durante todo o ano passado. E, nas análises, a taxa de resultado positivo já está próxima dos 25%. 

A informação é resultado de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) em todo o país, de 1º de janeiro a 14 de março desse ano. O número de testes no período, 2,045 milhões, já supera em 13 mil o total realizado no ano passado. Os números foram compilados em 3.516 farmácias.

Os dados mostram ainda um aumento no número de resultados positivos: a taxa passou de 15% para 23%. Até o momento, são 478.599 confirmações, contra 306.944 em 2020. O número é alto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de positividade esteja em 5% ou menos por 14 dias para relaxar medidas de distanciamento social.

O pico da procura pelos testes ocorre justamente em março, mês em que o país tem registrado os maiores números diários de óbitos pela Covid-19. 

De 8 a 14 de março foi registrada a maior procura pelo serviço, com a realização de 333.965 testes. Destes, quase 100 mil tiveram resultado positivo, o equivalente a 27% das amostras. 

Segundo Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, em 15 estados o percentual de casos confirmados está acima de 20%. “Até a semana passada eram 12, mas que agora ganharam a companhia do Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Sul”, alerta. 

Os testes
Como esses testes não requerem pedido médico, farmacêuticos são orientados a explicar qual teste é o mais indicado para cada cliente.

No varejo farmacêutico, porém, o tipo mais confiável, o PCR, ainda é novidade. Só na virada do ano é que as lojas das grandes cidades passaram a oferecer de forma mais ampla a modalidade PC por amostra de saliva (não de secreção nasal, como no teste clássico).

A amostra é sequenciada em um laboratório parceiro da farmácia. Em estudos ainda não concluídos no Brasil, a precisão tem se mostrado semelhante, assim como a espera para os resultados, até 48 horas.

Rápidos e inadequados
Já os testes rápidos de anticorpos ficam prontos na hora, mas não detectam infecção ativa, e não são recomendados para uso clínico.

O terceiro modelo comercializado é o de antígeno, realizado em secreção nasal coletada por cotonete. É um menos sensível que o PCR, mas tem resultado mais rápido de poucas horas.

Às farmácias está vetado, por exemplo, vender os kits de exames para o cliente fazer o teste em casa. Um problema é que a Covid-19 é uma doença de notificação obrigatória, e a farmácia precisa informar resultado do teste ao sistema de saúde.

Por Redação/G1/CNN

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