Foto: Simone Bazotti

STJ manda soltar mais dois suspeitos de desvios na Apae Bauru

Após conceder habeas corpus na última terça-feira (11) a três familiares e ao ex-marido de Claudia Lobo, réus no processo que investiga desvios milionários da Apae Bauru, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estendeu os efeitos da medida liminar e concedeu liberdade nesta sexta-feira (15) ao ex-coordenador financeiro da instituição, Renato Golino, e o empresário Felipe Figueiredo Simões.

As decisões atendem a pedidos das defesas e os seis réus vão responder ao processo em liberdade. Renato Golino e Felipe Figueiredo Simões devem ser soltos nesta segunda-feira (17). A informação foi confirmada ao G1 pelos advogados dos réus, Heloisa Leutwiler e Fabrício Garcia.

O STJ entende que os réus não representam risco à sociedade e podem responder ao processo por organização criminosa e peculato em liberdade, vez que não estão envolvidos em crimes violentos.

A medida prevê que não exista contato entre os envolvidos na investigação. Além disso, os suspeitos não podem deixar a comarca de Bauru sem aviso prévio e devem comparecer regularmente ao fórum para prestar contas à justiça.

Prisões

No dia 3 de dezembro de 2024, foram presos em uma operação da Polícia Civil: Letícia da Rocha Lobo Prado (filha da ex-secretária executiva da Apae Bauru Claudia Lobo), Pérsio de Jesus Prado Júnior (ex-marido de Claudia e pai de Letícia), Ellen Siuza Rocha Lobo (irmã de Claudia), Diamantino Passos Campagnucci Júnior (cunhado de Claudia), Renato Golino (ex-coordenador financeiro da Apae), Felipe Figueiredo Simões (empresário), Maria Lúcia Miranda (ex-contadora e coordenadora financeira da Apae Bauru) e Renato Tadeu de Campos (policial militar aposentado que prestava serviços para a Apae).

O grupo, que inclui o ex-presidente da entidade Roberto Franceschetti Filho – preso desde o dia 15 de agosto acusado do assassinato de Claudia Lobo -, é suspeito de envolvimento em um esquema que desviou milhões de reais dos cofres da Apae Bauru. O Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold) destaca a atuação de uma organização criminosa, com divisão de tarefas e envolvimento de empresários.

Entre os nove réus, continuam presos Roberto Franceschetti Filho, Maria Lúcia Miranda e Renato Tadeu de Campos.

Além do caso dos desvios, segue o processo criminal que envolve a morte de Claudia Lobo. São réus o ex-presidente da Apae, que responde pelo homicídio, e o ex-funcionário da Apae Dilomar Batista, que está em liberdade e responde por ocultação de cadáver e fraude processual. O caso está em fase de instrução e julgamento, com a expectativa de que o juiz decida em se os réus irão a júri popular.

Por Redação, com informações de JCNET e G1

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