SP prevê vacinação a partir do dia 25, das 7h às 22h em dias úteis e em horário reduzido aos finais de semana

O governo de São Paulo apresentou novos detalhes do Plano Estadual de Imunização contra o coronavírus nesta quarta-feira (06/01), e informou que a vacinação irá ocorrer de segunda a sexta, das 7h às 22h, e das 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, durante a reunião do governador João Doria (PSDB) com prefeitos do estado para tratar do plano de vacinação.

Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac ainda precisa ter a eficácia comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão do governo de São Paulo é a de que os documentos sejam entregues à Anvisa nesta quinta-feira, quando também devem ser divulgados os resultados dos testes feitos no país.

Mesmo com os adiamentos na divulgação da eficácia da CoronaVac, o governo mantém a previsão de início da vacinação no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo.

O secretário também informou que além dos 5.200 postos de vacinação já existentes nas cidades do estado, esse número deve ser ampliado para 10 mil com a utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e sistema drive-thru.

Na 1ª fase, devem ser vacinadas 9 milhões de pessoas no estado. Como a CoronaVac prevê duas doses, estão previstas 18 milhões de doses para essa fase. Além de idosos com mais de 60 anos, serão contemplados os profissionais de saúde, indígenas e quilombolas.

“Lembrando que os trabalhadores da área da saúde serão médicos, enfermeiros, mas também toda aquela população que trabalha dentro das unidades hospitalares e que nós realmente precisamos que eles continuem com saúde para não serem afastados em decorrência dessa doença”, disse o secretário.

O calendário da campanha será o seguinte:

Foto: Divulgação/Governo de SP

Jean cobrou dos gestores municipais empenho na fiscalização das medidas de isolamento estabelecidas pelo plano estadual. Durante a reunião, ele afirmou que o estado está contratando profissionais e ampliando o número de leitos para tentar conter o avanço da doença.

Durante seu discurso na reunião, Doria disse que a prioridade dos governantes deve ser a área da saúde com a proteção à vida, defesa da ciência e vacinação. O governador criticou os prefeitos dos 20 municípios que não aderiram à fase vermelha da quarentena durante as festas do fim do ano.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Vinholi, disse que o estado não distingue partido político, e ressaltou que o auxílio do governo para os municípios vai priorizar os que cumprirem o Plano São Paulo. “Se não cumprirem as regras da Saúde e da vida, nós notificamos e encaminhamos ao Ministério Público.”

Os encontros virtuais com os prefeitos devem ocorrer a cada 6 meses e o próximo está marcada para o mês de julho.

“Fim da fila”
O governo de São Paulo cobrou hoje que os prefeitos ajam com responsabilidade nas recomendações de combate à pandemia do coronavírus sob risco de ficarem “para o fim da fila” no plano de vacinação. O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, afirmou que os prefeitos que forem irresponsáveis com relação às recomendações do governo do estado vão para “o fim da fila” no plano de vacinação.

“Outra coisa é sobre transparência. Vidas estão nas mãos de cada um de vocês. Vamos priorizar aqui aqueles que seguem o Plano São Paulo nos atendimentos. Aqueles que forem irresponsáveis vão para o fim da fila neste momento. Vamos cobrar. Se não tiverem seguido as regras fundamentais da saúde, notificamos, encaminhamos para o MP (Ministério Público), que muitas vezes entra com ações de improbidade, responsabilizando prefeitos que vão sofrer ações”, afirmou Vinholi.

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