Governo de SP confirma 2 casos de nova variante do coronavírus

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (4) os dois primeiros casos no estado da variante do novo coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido.

A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à pasta estadual, após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado Dasa no sábado (2).

Os casos confirmados da nova variante são de duas pessoas residentes na cidade de São Paulo: uma mulher de 25 anos que teve contato com viajantes que passaram pelo Reino Unido e um homem de 34 anos que, segundo a secretaria da Saúde, se contaminou ao ter contato com esta primeira paciente.

“A investigação epidemiológica sobre ambos os casos está em andamento e, por isso, não há mais detalhes sobre quadro clínico e sintomas apresentados pelos pacientes”, afirma a secretaria em comunicado oficial.

Ambos os casos são da linhagem B.1.1.7, variante que já foi registrada em pelo menos outros 17 países. Ela tem mutações que afetam a maneira como o vírus se fixa nas células humanas e é 56% mais contagiosa.

Não há evidências de que a variante provoque casos mais graves ou com maior índice de mortes, nem mesmo que seja resistente às vacinas.

No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ainda de acordo com o Instituto Adolfo Lutz, que fez a análise das amostras, “as sequências realizadas pelo Lutz foram comparadas e mostraram-se mais completas que a primeira identificada pelo próprio Reino Unido”. O sequenciamento genético foi compartilhado com pesquisadores de todo o mundo através de um banco de dados online e mundial.

Outros dois casos descartados
O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse nesta segunda-feira (4) que os outros dois dos quatro casos suspeitos de contaminação pela nova cepa do coronavírus foram descartados.

Segundo Gorinchteyn, os casos descartados são de pacientes internados em hospitais privados do estado e que estiveram no Reino Unido.

Por Redação e G1

Compartilhe nas Redes Sociais