Jardim Botânico/Divulgação

Jardim Botânico terá corredor ecológico de 43,5 mil m²

Até o fim deste ano, o Jardim Botânico de Bauru iniciará o plantio de aproximadamente 8 mil mudas de árvores que formarão um novo corredor ecológico na zona rural do município. A faixa de vegetação promoverá a ligação entre dois fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual, importante para garantir o deslocamento de animais e a dispersão de sementes, permitindo a troca genética de fauna e flora.

O corredor terá 550 metros de extensão, totalizando 4,35 hectares, o correspondente a 43,5 mil metros quadrados. Ele será implantado em uma Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Batalha localizada na fazenda Shangrilá, às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a Bauru-Marília. A propriedade pertence à Bracell, que cedeu o trecho necessário à execução dos trabalhos.

Segundo o diretor do Botânico, Luiz Carlos de Almeida Neto, o plantio deverá ser iniciado na segunda quinzena de novembro, quando a estação chuvosa começa. “Será nossa maior ação de recuperação dentro do projeto De Volta para Casa”, frisa. A implantação do corredor caberá à equipe do Botânico e é uma das iniciativas de conservação promovidas em comemoração aos 30 anos da unidade. A Botanic Gardens Conservation International (BGCI) contribuirá com o custeio.

O Jardim Botânico abriga uma reserva de 321 hectares, sendo 280 de Cerrado, além de porções de Floresta Estacional Semidecidual, Mata de Brejo e Campo Úmido. Possui coleções de plantas como a de pteridófitas, orquídeas e bromélias, um arboreto com 371 árvores de 57 espécies, sendo dez ameaçadas de extinção, como peroba-rosa, pau-marfim, aroeira-do-sertão e cedro-rosa, além de viveiro de mudas e banco de sementes destas linhagens.

Projetos

Com o objetivo de garantir maior diversidade genética a estas árvores sob risco de serem exterminadas, o parque criou o projeto “Floresta Solidária: sementes do futuro”, no qual coleta sementes e demarca matrizes em fragmentos florestais inseridos em propriedades particulares em um raio de 100 quilômetros.

“A partir disso, produzimos mudas para realizar o De Volta para Casa. Por meio dele, fazemos o plantio em fragmentos de APPs ou reserva legal degradados ou que estão em fase de regeneração. Podemos enriquecer até projetos de recuperação pobres em diversidade de espécies. O projeto completou três anos e plantamos 288 árvores”, frisa. O cultivo é monitorado pela equipe por três anos, com garantia de adubação, rega e controle de pragas e braquiárias.

Por JCNET

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