Após caso de violência, Bauru Basket rompe com organizada
Na noite da última terça-feira (12/03), após o jogo no Panela de Pressão, jogadores do Sesi Franca Basquete foram hostilizados e alguns torcedores que acompanhavam a equipe foram agredidos por um grupo de torcedores do Bauru Basket.
E, enquanto realiza a apuração do caso, o Bauru Basket divulgou nota nesta quinta-feira (14/03), informando que a diretoria do time decidiu romper qualquer tipo de relação com a torcida organizada denominada “Ultras”. “Isso inclui o fim do fornecimento de ingressos, bem como a proibição de faixas, cartazes e uniformes que remetam ao citado grupo de torcedores”, explica o time.
A nota destaca ainda que a decisão leva em conta não somente os problemas constatados na noite de terça, mas também outros episódios recentes. “Sabemos que este tipo de comportamento não reflete a totalidade dos membros do “Ultras”, tampouco da nossa torcida que não é ligada a nenhum tipo de organizada. Por outro lado, não poderíamos deixar de lamentar o ocorrido e pedir desculpas a todos que foram prejudicados ou afetados de alguma forma”, afirma.
“Reiteramos que o Bauru Basket é contra todo e qualquer tipo de violência, além de repudiar ofensas racistas, misóginas e homofóbicas, bem como incitação, atos e discursos de ódio – sejam eles direcionados a rivais, atletas, técnicos, torcedores, árbitros ou qualquer outro cidadão”, finaliza a nota.
O caso
Um grupo de cerca de 20 torcedores da equipe bauruense tentou agredir os atletas e comissão técnica na saída do ginásio após a partida, mas foram contidos por seguranças e também pelo estafe do próprio Bauru. Em seguida, o mesmo grupo partiu para cima dos torcedores francanos no momento em que eles se aproximaram da van para voltar a Franca. A van estava próxima ao ônibus da delegação francana. O líder da torcida do Franca Basquete, Geasi de Almeida, chegou a levar um soco no rosto, causando sangramento no nariz.
“Após acabar o jogo, ficamos no ginásio esperando a torcida da casa ir embora, como é recomendação. Ao sairmos, nos deparamos com uma grande confusão com um grupo de torcedores do Bauru, tentando agredir os jogadores e a comissão técnica do Sesi Franca. Nesse momento, eles partiram para cima de nós”, relatou Geasi de Almeida, na manhã desta quarta-feira, 13, ainda com as marcas do ferimento.
Os vândalos conseguiram se apossar de duas bandeiras levadas pela torcida francana, sendo um “bandeirão” com a frase “Somos Capital do Basquete”. “Eles vieram pra cima de mim porque eu estava com as bandeiras para guardá-las. Uma foi recuperada, mas o ‘bandeirão’, não. Nosso pessoal disse que eles queimaram a bandeira”, explicou Geasi, que recebeu assistência no local, não precisando ser conduzido ao hospital. “Durante aquele empurra-empurra, levei um soco, mas não foi nada grave”.
Com a chegada da Polícia Militar e com apoio de membros do próprio Bauru Basket, o ônibus da delegação do Sesi Franca e a van que levava os 14 torcedores da equipe francana puderam deixar a cidade.
Confira a nota divulgada pelo Bauru Basket:
Na noite da última terça-feira (12), após o encerramento do jogo do Bauru Basket contra a equipe do Sesi/Franca, tomamos conhecimento de uma confusão envolvendo torcedores dos dois times, além de alguns membros da delegação francana. Nosso staff interveio imediatamente para frear os ânimos dos envolvidos, fornecendo o apoio e a segurança necessários para o fim do conflito, que ocorreu na parte externa do ginásio Panela de Pressão.
Estamos promovendo uma minuciosa apuração para entender o ocorrido, com diálogos entre todas as partes. Mas, enquanto os fatos não são totalmente esclarecidos, nossa diretoria vem a público para comunicar que está rompendo qualquer tipo de relação com a torcida organizada denominada “Ultras”. Isso inclui o fim do fornecimento de ingressos, bem como a proibição de faixas, cartazes e uniformes que remetam ao citado grupo de torcedores.
A decisão leva em conta não somente os problemas constatados na noite de terça, mas também outros episódios recentes que, de algum modo, geraram transtornos para nossa associação.
Sabemos que este tipo de comportamento não reflete a totalidade dos membros do “Ultras”, tampouco da nossa torcida que não é ligada a nenhum tipo de organizada. Por outro lado, não poderíamos deixar de lamentar o ocorrido e pedir desculpas a todos que foram prejudicados ou afetados de alguma forma.
Reiteramos que o Bauru Basket é contra todo e qualquer tipo de violência, além de repudiar ofensas racistas, misóginas e homofóbicas, bem como incitação, atos e discursos de ódio – sejam eles direcionados a rivais, atletas, técnicos, torcedores, árbitros ou qualquer outro cidadão.