Governo diz que fezes na Emef Dirce Boemer são de morcegos e não há risco para as crianças
O governo Suéllen Rosim (PSD) afirmou à Justiça na segunda-feira (27) que as fezes encontradas em salas de aula da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dirce Boemer Guedes de Azevedo são de morcegos, e não de ratos, como sugeriu a princípio a Vigilância Sanitária de Bauru.
A informação veio em manifestação encaminhada pela administração ao Poder Judiciário no âmbito da ação popular ajuizada pela vereadora Estela Almagro (PT) que pede a suspensão da mudança de prédio da instituição de ensino, atualmente localizada no prédio da antiga escola Santa Maria, na vila Santa Luzia.
Segundo a prefeitura, a última inspeção técnica na Dirce Boemer descartou a presença de roedores e indicou que as fezes parecem ser, na verdade, de morcegos – o que não oferece perigo aos alunos, diz a administração.
O documento apresentado pelo governo, embora sinalize para os morcegos, também não crava a origem dos dejetos. O relatório foi elaborado por uma empresa de controle de pragas urbanas contratada pela prefeitura para realizar a desratização no imóvel ainda em janeiro.
“Fica claro que o local foi desratizado, que as fezes são de morcego, que morcegos não são considerados vetores de doenças e portanto não há risco à saúde ou insalubridade”, afirmou à Justiça.
A prefeitura argumentou ainda que a vereadora Estela anexou fotos de novas aparições de fezes nas salas de aula um dia antes de uma inspeção técnica no local, “bastando a remoção e higienização pela equipe competente”.
O problema, relatou o próprio diretor da Emef ao JC em entrevista no mês passado, é que os dejetos voltam a se acumular mesmo depois de eventuais limpezas.
A administração alega também que os demais problemas encontrados no prédio, como defeitos no telhado que inundaram salas de aula em chuvas da semana passada, já estão em vias de serem resolvidos.
O governo também anexou na manifestação um novo laudo da Vigilância Sanitária segundo o qual o prédio encontra condições satisfatórias com restrições. “Constata-se não haver nenhuma anomalia insanável no prédio e as providências estão sendo prontamente tomadas pelo município”.
A Justiça chegou a indeferir o pedido de Estela para suspender em caráter liminar a transferência da unidade para o prédio da Santa Luzia. A parlamentar, porém, apresentou novos documentos sobre a estrutura precária do imóvel e solicitou a reconsideração da decisão – medida que ainda não foi analisada.
Por Jornal da Cidade