Foto: Bruno Freitas/Jornal da Cidade

Greve na Educação: Protesto no Palácio das Cerejeiras reúne cerca de 500 servidores

Cerca de 500 servidores da rede municipal de ensino participaram do protesto realizado na manhã desta quarta-feira (7), em frente à sede da Prefeitura de Bauru. Diferentemente do que ocorreu nesta terça (6), o Sindicato dos Servidores Públicos (Sinserm) optou por transferir a concentração, tradicionalmente realizada na sede da entidade, na rua Engenheiro Saint Martin, para o Palácio das Cerejeiras. Sem dispersões pelo trajeto, a entidade acredita ter levado o dobro de trabalhadores ao local, em relação ao primeiro dia de paralisação. Veja vídeo.

De acordo com o advogado do Sinserm Júlio César Teixeira de Carvalho, a expectativa da categoria é por um novo posicionamento da prefeita Suéllen Rosim (PSD) até o final do dia. Nos bastidores, circula a informação de que até sexta-feira (9) o Executivo pode encaminhar uma emenda ao projeto de lei que regulamenta o piso do magistério e que estará na pauta da próxima sessão ordinária (leia abaixo).

Enquanto isso, não há novas deliberações relacionadas à greve. O sindicato afirmou ao JC que já contabilizou mais de 500 adesões à paralisação, entre professores e diretores de escola. O governo, enquanto isso, diz ter registrado, nesta terça (6), 335 adesões. Ainda de acordo com a administração municipal, mais de cinco mil alunos foram afetados pela paralisação nos dois primeiros dias de greve.

A GREVE

O ponto central da greve está na indefinição do governo sobre o Projeto de Lei (PL) que regulamenta o piso salarial do magistério de Bauru. A medida é prevista em lei federal desde 2008 e foi reafirmada recentemente numa sentença que condenou Bauru a cumprir a base salarial da categoria. Nesta segunda-feira, a Prefeitura criticou o movimento grevista e afirmou que os servidores e o sindicato abusam do direito à greve.

PROJETO LEGISLATIVO

Segundo o Legislativo de Bauru, o Projeto de Lei que regulamenta o piso do magistério estará na pauta da próxima sessão ordinária, prevista a quinta-feira (15) da semana que vem, em virtude dos pontos facultativos de Carnaval e Quarta-feira de Cinzas.

A decisão na Casa de Leis, a pedido da categoria, partiu do presidente Junior Rodrigues (PSD), que, junto com outros membros da Mesa Diretora do Biênio 2023/2024, tem o objetivo de dar celeridade à tramitação. Sendo assim, os pareceres das comissões serão dados em plenário. Nos bastidores, há expectativa que o Executivo encaminhe à Câmara, até sexta-feira (9), uma emenda acolhendo a reivindicações da categoria, em greve desde ontem (6).

O Legislativo pautou pela primeira vez o PL número 83/23 na sessão extraordinária realizada no dia 21 de dezembro do ano passado. O projeto não foi votado na última sessão do ano, após pedido de prazo para parecer, atendendo a um pedido da categoria dos profissionais da Educação, que gostariam de seguir em negociação com o Executivo, informa a assessoria de imprensa da Casa.

De acordo com ela, o texto em questão deu entrada na Câmara no dia 11 de dezembro do ano passado, em substituição a outro enviado no dia 6 de novembro. Em 2022, porém, a prefeitura encaminhara o Projeto de Lei n.º 41/22, que concedia um abono salarial complementar aos profissionais da carreira do magistério, retirado em dezembro pelo Executivo.

Por Jornal da Cidade

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