WhatsApp baniu 100 mil contas pouco antes da campanha eleitoral de 2020

O WhatsApp informou nesta semana que 100 mil contas brasileiras foram banidas da plataforma durante todo o mês de setembro, que antecedeu o início da campanha para as eleições municipais deste ano. As remoções foram feitas pelo sistema de integridade da plataforma, que identifica irregularidades na atuação dos usuários, entre elas a prática de disparos de mensagens em massa. Esses envios são considerados ilícitos pela Justiça Eleitoral.

Em 2018, durante a disputa pela Presidência da República e pelas cadeiras do Congresso Nacional, o serviço de mensagens instântaneas removeu 400 mil contas brasileiras, também por motivos diversos. A cada mês, as remoções atingem atualmente a 2 milhões de contas no mundo inteiro.

Além das 100 mil remoções feitas nacionalmente no mês passado, o WhatsApp efetuou, desde 27 de setembro, quando a campanha teve início, um total de 256 banimentos especificamente relacionados a suspeitas de disparos em massa durante o período eleitoral. O dado foi contabilizado até a última segunda-feira em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que coletou denúncias de usuários repassadas à plataforma. Foram recebidas 1.020 denúncias a respeito de 720 contas de usuários diferentes. A verificação feita pela empresa identificou cerca de 35% (o equivalente às 256 remoções) tinham, de fato, comportamento suspeito para envios massivos.

Após o segundo turno (29 de novembro), o WhatsApp e o TSE preveem a divulgação de um relatório com informações mais aprofundadas sobre as denúncias recebidas e verificadas, incluindo recortes regionais e estaduais dos números de telefone a que elas se referem.

Por O Globo

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