GREVE: Ato em frente à Prefeitura e rejeição da contraproposta no 2º dia
Após uma passeata, servidores públicos municipais de Bauru em greve participam, na manhã desta quarta-feira (5), de um ato em frente ao Palácio das Cerejeiras, que marcará o segundo dia de paralisação da categoria. A manifestação foi decidida em assembleia realizada frente à sede do Sinserm, sindicato da categoria, onde os trabalhadores se concentraram desde às 7h.
O ideia é dos trabalhadores é chamar atenção da população. Um deles, inclusive, está vestido de Jesus. Ontem, eles rejeitaram em definitivo a contraproposta enviada pela prefeitura e mantiveram, por tempo indeterminado, a greve iniciada nesta terça-feira (4), quando cerca de 500 pessoas aderiram ao movimento. O número estimado pelo Sinserm é o mesmo hoje.
Para a entidade, a administração municipal decretou ponto facultativo a partir desta quinta-feira (5) para desmobilizar a categoria. No entanto, avalia a medida como “um tiro no pé da administração municipal porque, ao invés de tirar o trabalhador das manifestações, ele terá um dia a menos para repor”.
Ainda de acordo com a entidade, um percentual mínimo de trabalhadores nos setores essenciais deve ser definido pela Justiça, já que os funcionários são estatutários e não celetistas. Neste caso, a administração deve ingressar com uma ação para mediar o conflito.
A prefeita Suéllen Rosim (PSD) propôs 6% de reajuste salarial, mas os servidores reivindicam ao menos 12% de incremento na folha.
Reajuste
A greve por tempo indeterminado vem na esteira da paralisação realizada na quinta-feira da semana passada (30), que pediu à mandatária que encaminhasse uma contraproposta documental até a manhã de sexta-feira (31), o que não aconteceu – segundo o sindicato, houve uma negociação verbal e o governo permaneceu irredutível.
Em entrevista coletiva no auditório do Palácio das Cerejeiras, ainda na quinta-feira, dia da paralisação, a prefeita Suéllen foi clara ao dizer que não há espaço para mais negociações.
“Para mim seria ótimo poder anunciar 12% de reajuste. Politicamente é muito bom. Mas precisamos olhar para as contas públicas também”, destacou a mandatária.
Ela reiterou ainda a necessidade de se ouvir a Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Funprev), medida que o sindicato tem criticado sobretudo porque no ano passado, quando da concessão de pouco mais de 10% de reajuste, a instituição não foi oficialmente consultada.
“Independentemente de se consultar ou não a Funprev, as discussões internas sobre o impacto orçamentário existem. No ano passado o cenário era outro, vínhamos de uma pandemia e pudemos conceder os 10% de reajuste”, disse Suéllen.
Por JCNET