Comitê de SP volta a indicar uso de máscara em ambientes fechados
Coordenador do Comitê de Saúde do estado de São Paulo, o médico João Gabbardo, disse nesta quarta-feira (1°) que o número de casos de Covid no estado é muito maior do que os índices apontam, uma vez que os dados não incluem os testes feitos em casa.
Por conta disso, o grupo recomendou que as pessoas voltem a usar máscaras em ambientes fechados como salas de aula, escritórios e cinemas.
“Nessa última semana, o aumento foi bastante significativo, nós tivemos 41% de aumento nas internações e tivemos mais de 80%, 84% no número de casos, e a gente sabe que o número de casos é muito maior do que isso porque muitas pessoas estão fazendo autoteste, comprando na farmácia e estes testes não entram nas estatísticas de novos casos, então certamente o número de casos é maior do que esse que aparece nas estatísticas”, disse Gabbardo.
A mudança na orientação ocorre em meio a uma alta de 120% de internações por Covid-19 em maio. Apesar do crescimento, 10 milhões de pessoas ainda estão com dose de reforço da vacina atrasada em SP.
No entanto, o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que gestão estadual não vai decretar a volta do uso obrigatório de máscaras. Caberá às prefeituras transformar esse recomendação em uma determinação por meio de um decreto, por exemplo.
O grupo de especialistas do governo de São Paulo também recomendou que pessoas de grupos de risco para o coronavírus utilizem a proteção mesmo em ambientes abertos, e que a população complete o esquema vacinal, com a dose de reforço para adultos e adolescentes, e a quarta dose para idosos e pessoas com comorbidades.
Na terça, por meio de nota, o governo de São Paulo destacou que a sugestão não altera a legislação vigente.
“O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo”, declarou, em nota.
“O grupo também orientou que os municípios intensifiquem a busca ativa dos faltosos das 2ª e 3ª dose para os adultos e da 4ª dose para os idosos acima dos 60 anos. Entre as recomendações também está a importância da vacinação entre os adolescentes para a terceira dose, que começou a ser aplicada no Estado ontem (30)”.
Por Redaçõa/G1